domingo, dezembro 29, 2013

Jornalista Lucio Haeser deixa EBC

Agora é oficial.

Lucio Haeser deixou EBC - Empresa Brasil de Comunicação (Brasília). Jornalista, era coordenador de radiojornalismo e um dos âncoras do Repórter Brasil, que vai ao ar de 2ª a 6ª feira pela Rádio Educativa Joinville Cultural e mais de uma dezenas de emissoras.

Soube da notícia há duas semanas quando Lucio me avisou por bate-papo no Facebook. Fiquei triste, mas também alegre por saber que mesmo um profissional ao chegar ao topo da área não tem medo de mudar.

Foi pela rede social que fizemos contato pela primeira vez em 10 de maio deste ano, quando Lucio abria espaço para envio de conteúdo (em 2012, Izani Mustafá, que foi minha professora de rádio, já colaborava).

Depois disso, tive contato com Lucio por meio dos boletins gravados e ao vivo com notícias de Santa Catarina, a partir de Joinville. Posso dizer que é um profissional extremamente acessível, competente e que não tem medo do trabalho. Com respeito aos profissionais da EBC, ele vai fazer falta.

Lucio já passou por Santa Catarina como repórter do Dário Catarinense.

Ele vai continuar na área de jornalismo, só não adiantou onde.

Como diriam os "catarinas" que moram no litoral: Sucesso pra ti, quiridu!

sexta-feira, abril 19, 2013

Quando eu tinha...

Quando eu tinha sete anos de idade, achei que não chegaria aos 21, pois o medo de o mundo acabar no ano 2000 era grande.
Quando eu tinha 16 anos, minha perspectiva de vida era outra, minha visão de mundo era diferente. Aos 19 anos, achava que a vida seria quase impossível fora do meu círculo de experiências.
Aos 27 anos, só tinha certeza que deveria continuar vivendo um dia de cada vez, sem se preocupar com um futuro muito distante. Nesta época, tinha mudado de profissão, tinha conhecido uma pessoa incrível (Marlize Carpes) e entendido que para viver dentro dos meus ideais eu deveria trabalhar muito, pois pelo trabalho é que sentiria que tudo se valorizaria cada vez mais.
Com 34 anos, me sinto um verdadeiro aprendiz, sabendo que o mundo de conhecimento é muito maior que meu raio de visão. Não quero nada pronto e me incomodo muito quando substimo minha inteligência e deixo de fazer algo por achar que algo "estaria bom daquele jeito".
Penso que não sou da década de 70/80, sou sim do agora, do momento, da reconstrução, da melhoria, do estudo, do desafio. Sou o que vivo hoje, valorizando a minha experiência e respeitando a experiência do outro. É isso!!!

Agradeço a todos que lembraram de mim no dia 18 e se importam comigo.

Amo-te, Marlize, amo minha família!

domingo, fevereiro 17, 2013

Repórter, pra que?


Há mais de 10 anos eu soube de algo que deixou sobressalente em mim o desejo de me tornar um jornalista. A morte de Tim Lopes. E queria me tornar um Tim Lopes, jornalista que doava a própria vida em busca de uma notícia que valesse a pena.

Curioso ver desabrochar um desejo diante de uma notícia ruim. Poderia ter me emocionado ao ler/ouvir/ver uma reportagem salvando vidas. Mas a busca por uma matéria sobre tráfico de drogas tirou a vida de Tim Lopes. O reconhecimento pelo trabalho bem feito o levou para morte. Um representante da associação de jornalistas investigativos disse certo dia algo mais ou menos assim: “O que matou Tim Lopes foi ele ter aparecido para receber o prêmio de melhor matéria. O rosto dele ficou conhecido e quando os traficantes o reconheceram subindo o morro acabaram matando Tim”.

Neste dia, depois do dia do repórter, percebo que muitos jornalistas são mortos em busca da notícia, outros matam a sua profissão por fazer um jornalismo para o próprio umbigo, outros, ainda, se matam profissionalmente em busca de fama a qualquer preço.

O repórter tem o direito de fazer uma matéria assistida pelo computador, mas precisa pôr o pé na rua para sentir o cheiro da riqueza e da pobreza, para sentir na pele a ignorância dos que estudam anos e daqueles que nunca puderam ler um livro. A colega de profissão Schirlei Alves escreveu algo no Twitter há um tempo: “fazer entrevista/matéria por telefone é como tomar cerveja sem álcool”.

Quando percebo em mim que o meu jornalismo está sendo sufocado pelo meu ego, olho à minha volta e me dou um choque de realidade: eu não faço nem 10% do que poderia. As pessoas têm mais esperanças num repórter do que num político para resolução dos problemas. Não que o jornalismo tenha que viver de denúncias, nem o repórter tenha que resolver todos os problemas do povo, mas por estarmos num meio de comunicação de massa, temos que pelo menos ajudar as pessoas. Foi mais ou menos assim as palavras que ouvi do radialista Arivan Prochnown durante entrevista na semana do dia do rádio, este ano.

Que nós, repórteres, possamos reportar a verdade, somente a verdade. Se não for pela verdade eu me pergunto: repórter pra que?

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Saudade que eu quero ter


Para falar de saudade dispensa-se título. Não é necessário ser poeta, escritor, compositor ou afim. A saudade nos dá credencial para entramos no mundo da inspiração. É um sentimento doloroso, uma dor gostosa, um sofrimento alegre, uma tortura íntima que gostamos de sofrer.

Para falar e escrever sobre a saudade é preciso somente tê-la. E quem não tem?

Saudade de um lugar, de uma pessoa, de algo. Alguns não se contém e choram quando são pegos de supetão pelo vento repentino da saudade ao ver uma foto, sentir o cheiro de perfume, ler um bilhete.

Tenha saudades. Sinta falta de seus avós, sendo eles bons ou poucos desejados. Sofra pela não presença de alguém que amou gratuitamente, como um filho, um irmão ou mãe ou pai.

Chore de saudade por alguém que já se foi e que nunca mais verás. Permita-se.

Sinta saudade das surras de criança, das provocações escolares, das notas baixas, da reprovação, da professora má. São sentimentos e momentos que me fizeram ser que sou hoje.

Sentir saudades dos momentos bons é o básico da vida.

Tempos bons não voltam, não adianta insistir. Se voltassem você se esforçaria demais para poder aproveitá-lo e talvez não se tornaria tão bom assim.

Ah, que saudade que eu tenho. Ah, que saudade que eu quero ter.