sexta-feira, agosto 28, 2015

Crônica emocionada

“Mas que coisa mais clichê e cafona este meu texto”, pensei eu quanto terminei de escrevê-lo.


Hoje me emocionei, como ser humano  e na subdivisão da minha vida. Fiquei emocionado como jornalista. Não cheguei a chorar. A emoção foi com suspiros, com expressão facial de  algo que deu certo depois de muito sacrifício.


A origem dessa emoção foi a crônica de  Leo Saballa no jornal Notícias do Dia, edição do dia 28 de agosto de 2015.  Foi ao contar a história dele próprio como repórter diante de uma investigação sobre a morte de um jovem negro na Joinville dos anos 80. Com a pressão e repercussão que o bom jornalismo faz, os suspeitos foram presos e condenados.


Ao final da leitura me lembrei do principal motivo que me fez e faz querer ser jornalista. A morte de Tim Lopes. Curioso, né?! Um repórter morre por causa do trabalho que realiza e eu ainda quero ser como um dele?


Mas ao ler a crônica de Saballa, lembrei do jornalismo que quero. O jornalismo que promove a justiça, a cidadania, que noticia o negativo para que não torne acontecê-lo, que traz a toma os bons exemplos para que sejam multiplicados.

É em casos com o de Tim Lopes e de Leo Saballa que sinto a legislação se tornar a prática diária por um lugar melhor.

quinta-feira, abril 16, 2015

E a voz do rádio no Dia Mundial da Voz...

O toque apurado, porém sensível, da mão de minha mãe no início da manhã vinha acompanhado da voz de um antigo aparelho de rádio, possivelmente confeccionado antes do início da produção dos modelos valvulados. Era o momento de levantar da cama e iniciar um dia cheio de atividades para uma criança de apenas cinco anos de idade. A voz agradável e animada do locutor convidava a ter um dia disposto. “Não perca a condução, já são seis horas e cinco minutos.” A música de trilha anunciava os nascimentos do dia em Joinville: “Quando eu era criança mamãe dizia: bilu, bilu, bilu, bilu teteia...”.

Mais divertido ainda era ouvir o locutor cantar, de forma improvisada, o nome dos bairros e localidades da região: “Araquari, Itinga I, Itinga II...”. Foi assim que aprendi a amar e ouvir rádio. A insatisfação de acordar cedo e de saber que iria ficar longe de meus pais, especialmente de minha mãe, por ter que ir à creche, era esquecida quando a voz do radialista ecoava das pequenas caixas do receptor radiofônico. Eu fui levado a me apaixonar por um dos maiores meio de comunicação de massa do século 20. (Trecho da introdução da monografia no curso de Jornalismo em 2011.)

Hoje é o Dia Mundial da Voz! O rádio vive da voz e de quem a ouve!

Minha homenagem a quem cuida da voz e quem a tem como instrumentos de trabalho.